Assimetria Craniana em Bebês: O que é, Causas, Sintomas e Tratamentos

Seu Bebê tem a Cabeça Assimétrica? Descubra as causas mais comuns da assimetria craniana em bebês e os tratamentos!

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Olá! Aqui é a Dra. Patrícia Leite, e hoje quero conversar com você sobre um tema que gera muitas dúvidas e preocupações em pais e mães: a assimetria craniana em bebês, também conhecida como plagiocefalia posicional ou braquicefalia. É natural sentir-se apreensivo ao notar qualquer alteração no formato da cabeça do seu bebê, e meu objetivo aqui é descomplicar esse assunto, explicar as causas e, o mais importante, mostrar que existem tratamentos eficazes para garantir o desenvolvimento saudável do seu pequeno.

O Que é a Assimetria Craniana e Por Que Ela Acontece?

A assimetria craniana é uma deformidade no formato do crânio do bebê, que pode se apresentar de diferentes formas: uma lateralização da parte de trás da cabeça (plagiocefalia), um achatamento generalizado na parte de trás (braquicefalia) ou, em casos mais raros, um alongamento e estreitamento lateral do crânio (escafocefalia).

Mas por que isso acontece? As causas são variadas, e muitas delas estão relacionadas à maleabilidade do crânio do bebê nos primeiros meses de vida. Nosso crânio é formado por várias placas ósseas que ainda não estão completamente fundidas, o que permite o crescimento cerebral e o parto. Essa flexibilidade, porém, também o torna suscetível a deformações por pressão externa.

As principais causas que observo na minha prática clínica são:

  • Posicionamento Preferencial: Essa é, de longe, a causa mais comum. Bebês que passam muito tempo na mesma posição, seja dormindo de barriga para cima (posição recomendada para prevenir a Síndrome da M Morte Súbita do Lactente – SMSL, mas que exige atenção ao posicionamento), no bebê conforto, cadeirinha ou carrinho, tendem a exercer pressão contínua em uma mesma área do crânio, levando ao achatamento.
  • Torcicolo Congênito: Quando o bebê nasce com um encurtamento dos músculos do pescoço, ele tende a manter a cabeça inclinada e rodada para um lado, o que naturalmente leva a um apoio constante naquela região, favorecendo a assimetria.
  • Posição Intrauterina: Em alguns casos, a posição do bebê no útero, especialmente em gestações múltiplas ou quando há pouco espaço, pode exercer pressão sobre o crânio, resultando em assimetria já ao nascimento.
  • Parto Dificultoso: Partos prolongados ou com uso de instrumentos (fórceps, vácuo-extrator) podem exercer pressão excessiva na cabeça do bebê, contribuindo para deformidades.
  • Prematuridade: Bebês prematuros têm ossos cranianos ainda mais maleáveis e, muitas vezes, menor mobilidade, o que aumenta o risco de desenvolver assimetrias.

Os Sinais Que Você Precisa Observar

É fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de assimetria. Quanto antes identificarmos, mais eficaz será o tratamento. Observe:

  • Achatamento em uma área da cabeça: Pode ser na parte de trás, em um dos lados, ou até mesmo em ambos.
  • Desalinhamento das orelhas: Uma orelha pode parecer mais para frente do que a outra.
  • Assimetria facial: Em casos mais acentuados, pode haver um desalinhamento das maçãs do rosto, olhos ou testa.
  • Queda de cabelo em uma área específica: A pressão constante pode levar à perda de cabelo na região mais achatada.
  • Dificuldade em virar a cabeça para um lado: Especialmente se associado ao torcicolo congênito.

Se você notar qualquer um desses sinais, não hesite em buscar orientação profissional.

A Importância de Agir: As Consequências e o Tratamento Osteopático

Muitos pais me perguntam se a assimetria craniana é apenas uma questão estética. É importante entender que, embora a estética seja uma preocupação legítima, as deformidades cranianas podem ir além, impactando o desenvolvimento funcional do bebê. Em casos mais graves, podem estar associadas a:

  • Dificuldades de desenvolvimento motor: Especialmente se houver um torcicolo associado.
  • Problemas de visão: Devido ao desalinhamento facial.
  • Dificuldades de mastigação e alimentação: Se a assimetria afetar a estrutura da mandíbula.
  • Problemas de oclusão dentária: Pelo mesmo motivo.

É aqui que a fisioterapia osteopática se destaca como uma abordagem segura e altamente eficaz. Com minha experiência de mais de duas décadas, a osteopatia me permite atuar de forma suave e não invasiva na reestruturação do crânio do bebê.

O tratamento osteopático foca em:

  • Liberação de tensões cranianas: Utilizo técnicas manuais sutis para liberar as tensões nas suturas cranianas e na base do crânio, permitindo que os ossos se realinhem.
  • Melhora da mobilidade cervical: Se houver torcicolo, trabalhamos para alongar e fortalecer os músculos do pescoço, permitindo que o bebê vire a cabeça livremente.
  • Orientação aos pais: Educo os pais sobre o posicionamento correto do bebê durante o sono, as brincadeiras e o tempo de barriga para baixo (“tummy time”), que é crucial para o desenvolvimento motor e para aliviar a pressão no crânio.
  • Exercícios específicos: Oriento exercícios simples que os pais podem fazer em casa para complementar o tratamento.

O tratamento é individualizado, considerando a idade do bebê, o grau da assimetria e as causas subjacentes. Quanto mais cedo iniciarmos, melhores e mais rápidos serão os resultados, pois o crânio do bebê ainda está em fase de intensa plasticidade.

Não Deixe a Preocupação Virar Angústia

Se você está preocupado com o formato da cabeça do seu bebê, saiba que não está sozinho. Essa é uma preocupação comum, e a boa notícia é que a maioria dos casos de assimetria craniana pode ser corrigida com sucesso. Minha missão é oferecer o suporte e o tratamento necessários para que seu bebê cresça de forma saudável e feliz.

Se você identificou algum dos sinais que mencionei ou simplesmente busca uma avaliação profissional para a cabeça do seu bebê, entre em contato para agendar uma consulta. Estou à disposição para tirar suas dúvidas e oferecer o melhor cuidado para o seu pequeno. Vamos juntos garantir o desenvolvimento pleno do seu filho!

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